Sexta-feira, 13 de outubro de 1307, a mando do rei de França, Filipe IV, o Belo, os Cavaleiros pertencentes à Ordem dos Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, criada no século XII com o propósito de proteger os cristãos que voltavam a fazer a peregrinação a Jerusalém (após a sua reconquista aos muçulmanos), são presos sob a acusação de heresia. Esta acusação falsa seviu ao propósito do rei, que ambicionava o poder absoluto que incluía os bens da Ordem, que era imensamente rica (bens acumulados por dois séculos) e ao mesmo tempo afrontar o Papa Clemente V, que vivia na França, em Poitiers.
O Papa, com a argumentação de que pelos seus privilégios, os Templários só poderíam ser julgados pela autoridade papal, mandou retirar os 72 cavaleiros das prisões francesas, levando-os para Poitiers e julgando-os lá. A pena imputada aos cavaleiros, deixou o rei Filipe furioso, já que se resumia a que os cavaleiros teríam de pedir perdão à Igreja Católica e a fazer penitência, podendo continuar a usar os seus distintivos, a participar das cerimónias e a receber os sacramentos sagrados. O rei Filipe iniciou então uma luta contra a Igreja Católica, acusando vários clérigos de escândalos imorais. O Papa, acuado, teve de recuar, ou corria o risco de haver uma separação dentro da Igreja, sendo criadas duas Igrejas em paraelo, a do Vaticano e outra na França, controlada pelo rei. Entre a espada e a parede, o Papa teve que alterar a sua decisão. Embora não condenasse os Templários à morte ou à prisão, decidiu extinguir a Ordem, em 1312.