Sinto compaixão de mim própria,
E de todos aqueles que, tal como eu,
vivem realidades desfasadas de sentido!
Que gastam praticamente todos os dias das suas vidas,
a empilhar as pedras que outros deitam ao chão,
a construir cenários que não compreendem,
a estudar e a procurar respostas,
para perguntas que nunca chegarão a ser colocadas..
Que são obrigadas a habitar nos cenários idealizados por outros,
a representar maus papéis de si próprios,
em comédias que só alegram os tristes.
Que vivem a sua verdade apenas dentro de si próprios,
Porque não há tempo nem espaço para mostrarem aos outros o que são ou quem são!
Mas, afinal...
Quem, hoje em dia, tem interesse em conhecer de um ser humano mais do que as aparências de um contacto furtivo,
ou as sombras do seu reflexo no espelho..
É a eterna "caverna de Platão", onde teimamos em continuar,
de costas viradas para a luz do Sol,
perguntando, que mal fizemos para termos à nossa frente,
tanta escuridão!
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Manuela Moreira
Muito profundo seu texto, costumo dizer que a medida que escrevemos descrevendo sentimentos...nos tornamos mais sensíveis a eles, e de repente tudo se sente...
ResponderEliminarbeijokas
Aryane Pinheiro.: