Para a criançada imprimir e colorir
Perguntas por onde ando e que faço eu nas tardes de solidão,
que não me consegues encontrar no mundo real.
Sim, já faz algum tempo que parti,
e que deixei para trás esse teu mundo.
Segui a minha alma e achei outro lugar mais fecundo,
onde a caverna "real" não existe, mas onde persiste a liberdade e a cor.
Sem sombras e sem promessas em vão,
este mundo é virtual, mas real para quem o vive e o compreende!
Este 'post' nasceu de um comentário que deixei no Blog 'Com amor', a propósito do fechar todas as luzes da casa e ficar quieta, na escuridão:
Escuridão é apenas a ausência de luz, da luz artificial.
Às vezes necessitamos de hibernar, para meditar e encontrar os nossos pensamentos mais esquecidos em gavetas cheias de pó, que julgámos não precisar mais de consultar.
No entanto, abrir a gaveta e redescobrir esses pensamentos em momentos esquecidos, pode trazer paz e alegria e uma outra luz, bem mais radiante.
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Manuela Moreira
Tal como o post de lá está complementado com uma foto de Mikael Aldo, também a foto acima é do mesmo autor
Mikael Aldo
É um jovem e talentoso fotógrafo, indonésio, que com técnica e muita imaginação e paixão,
deu-se a conhecer ao mundo em 2012, aos 16 anos, com um projeto de 365 dias, dando uma nova dimensão à fotografia.
O dia a dia, frenético e barulhento, terra-a-terra,
na maior parte do tempo, aparta-nos da poesia,
que requer silêncio, introspeção e magia..
Não conseguimos, em andamento, no teatro que a vida comum encerra,
ouvi-la e traduzir a sua essência, de forma plena.
Mas ela está lá, mantém-se viva nos poemas e nos versos, Sophia,
à espera de ser encontrada e libertada com urgência.
Torna-se lava à superfície, quando incandescente e sofrida, Espanca!
E suave e delicada, mas incisiva, quando Clarice aflora e espanta.
Metamorfose disponível em mil cenários possíveis para escrever,
a poesia, em rédea solta, voa ao sabor do vento e do nosso pensamento,
qual folha, espraiando-se pela planície fecunda, em notas de beleza e sentimento,
tocando acordes agudos, antes intocados, à luz do nosso entardecer..
Poesis vibrante e estrela de luz e explendor.
Capaz de transformar em beleza, as trevas e a dor.
De um perfeito sentido estético (traduzido na palavra),
transforma facilmente o banal em épico, encantando de espanto, o maior cético.
É o caos do pensamento, onde as ideias se misturam, formando palavras que rimam.
Mas soltas, no papel virtual ou verdadeiro, não carecem, verdadeiramente, de senso para serem reais,
pois rimar é essencialmente sentir, deixando a verve aflorar em acordes que sublimam;
E as palavras assim libertadas, crescem e permanecem e nunca são banais...
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|Manuela Moreira
A melhor parte da praia, é quando o dia se fina e o sol se põe no horizonte.
A areia fica fresquinha e o mar tranquilo.. tudo brilha!
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Manuela Moreira
Que calor..................................................
Já me tinha esquecido porque é que não gosto de calor..
E ainda só começa o Verão no fim de Junho.. que horror!
Será por causa das alterações climáticas?
A mão do Homem sempre responsável pelos danos ao ambiente!
A continuar assim, só me resta sonhar com o Outono... :)
As andorinhas andam sempre atrás do Verão,
migrando para outros países mais ensolarados e voltando quando por cá aquece.
Um dia, quero ser como as andorinhas, mas ao contrário.
Quando aparecer o calor, migro para um país onde estejam temperaturas mais amenas
e só fico por cá nos meses mais frios!
Um dia...................................................
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Manuela Moreira
Com o pôr do sol no horizonte, fecho o dia presente.
Fim de fim de semana...
Curtinho como sempre! :(
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Manuela Moreira
Muito se fala sobre estes portais, que são como chakras da Terra ou campos energéticos, capazes de receber e emitir energia.
Numa pesquisa rápida pela NET, encontrei várias alusões aos tais portais, onde para além da emissão e receção de energia, muitos garantem que é possível passar para o outro lado, seja lá isso onde for, seja nesta ou noutra dimensão. Dizem que já muitos o fizeram e permanecem nas lembranças de outros, essas histórias dos locais, sem que os tais, que atravessaram os portais, tivessem voltado para contar o que encontraram; pressupondo que, se sobreviveram à viagem, já não conseguirarm 'bilhete de volta' ou, pelo contrário, quiseram ficar por lá, esquecendo memórias e sentimentos. Temos nota disto na famosa série britânico-americana "Outlander", exibida pela Netflix e baseada nos livros da escritora americana Diana Gabaldon, que conta a história de uma enfermeira que vive em 1945 e ao passar acidentalmente por um portal, é transportada no tempo para a Escócia de 1743.
Eis alguns:
Rila, na Bulgária:
Stonehenge, na Inglaterra
Pela datação do carbono 14, situa-se a construção por volta de 2600 a.C., dois mil anos antes da formulação do Teorema de Pitágoras e, surpreendentemente constatou-se que os construtores utilizaram na construção dos círculos de pedra, conhecimentos matemáticos, tais como o conceito e o valor de Pi.. Entende-se hoje tratar-se de um observatório astronómico para a previsão de solstícios e equinócios.
Glastonbury Tor, Inglaterra
Muitos mitos associados a este local, nomeadamente sobre José de Arimatéia e do Santo Graal e, claro do Rei Artur.
Machu Picchu, no Perú
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Manuela Moreira
O nosso dia a dia atarefado, nesta capa de superficialidade que a humanidade foi criando na Terra, ao longo dos milhares de anos que por cá anda, afasta-o cada vez mais da génese.
Sem se aperceber, a humanidade corre a passos largos para a extinção, sem ter verdadeiramente entendido o sentido da vida e da morte.
Sem tempo para descodificar os códigos que lhe permitiriam SER, esgota-se a tentar criar um mundo superficial que lhe permite apenas TER - e o ter é tão efémero...
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Manuela Moreira
Todos na natureza
somos a mesma semente,
que ao luar, da terra se alimenta,
para crescer e frutificar.
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Manuela Moreira
IMAGEM
Este é o poema duma macieira.
Quem quiser lê-lo,
Quem quiser vê-lo,
Venha olhá-lo daqui a tarde inteira.
Floriu assim pela primeira vez.
Deu-lhe um sol de noivado,
E toda a virgindade se desfez
Neste lirismo fecundado.
São dois braços abertos de brancura;
Mas em redor
Não há coisa mais pura,
Nem promessa maior.
Vila Nova, 4 de Abril de 1936, Miguel Torga
Às vezes tudo são febres.., ou não!
Eisntein o disse e até faz sentido, que não podes esperar resultados diferentes, se fazes tudo sempre da mesma maneira.
No entanto, ano após ano trabalhas com afinco e não tens reconhecimento: como escritor, por exemplo.
Dizes para ti mesmo que não és bom o suficiente, que não vale a pena teimar.
Mas, decides que escrever te faz bem, nem que seja apenas para sevir de arquivo às tuas próprias memórias e vivências e não desistes e continuas.
E um dia, por acaso, alguém diz que gostou. E de um dia para o outro, mais pessoas dizem que leram e que se identificaram com a escrita e pedem mais e, não entendes, porque a forma esteve sempre lá, mas por alguma razão, antes não captava interesse e depois isso mudou.
Quem mudou? O escritor mudou? Os leitores mudaram? O tempo é outro e o que escreve faz sentido neste tempo e não fazia no outro? Quem o poderá dizer? O que Einstein pensaria disso?
Talvez uma conjugação de fatores, justifiquem o resultado. Talvez tenhas que passar cem vezes no mesmo cruzamento para o encontro se dar..
Talvez nem tudo seja preto, preto ou branco branco..
Talvez tenhas que dar uma chance a ti próprio e não desistir e quem sabe, numa conjugação dos elementos, num alinhamento dos astros, algo aconteça de repente e o que não fazia sentido, nem parecia prometedor, se torne e vire uma febre!
(PS: Ou talvez Einstein esteja certo e sem te dares conta, tenhas mudado a forma e por isso o resultado também tenha sido diferente..).
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Manuela Moreira
Quando lhe vamos conhecendo a "manha", da vida, tentamos fazer o mínimo de ruído possível,
tentando prolongar a quietude e beleza que nos rodeia, nos momentos felizes.
Mas ela, a vida, sabe quando é tarde e a hora de mudança chega,
E sorrateiramente, sem aviso prévio, muda-nos o cenário e dá-nos mais uma chance de crescer e de aprender!
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Manuela Moreira
"Quando a vida normal parecia quase possível - quando o mundo ganhava uma certa ordem,
sentido e até encanto..
(o raio prismático de luz através de um sincelo; a quietude de um amanhecer),
alguma coisa havia de correr mal e a capa do optimismo desaparecia, revelando o mundo árido."
Wroblewski, David; A História de Edgar Sawtelle, P. 178.
Este post teve inspiração no excerto transcrito acima, que não conhecia e que encontrei no blog "A Kind of Magic II". As palavras que aqui escrevi, foram as mesmas que deixei em comentário lá., agradecendo por me dar a conhecer este escritor americano, David Wroblewski e o seu primeiro romance: "A História de Edgar Sawtelle".
Durante muito tempo eu só me inspirava a escrever quando estava triste ou deprimida, porque talvez a escrita me ajudasse a libertar aquele peso no coração.
Mas hoje em dia, também sinto prazer na escrita feliz e quero partilhar com o mundo esses momentos também.
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Manuela Moreira
(Texto deixado como comentário no Blog 'Absent Soul', a propósito da escrita feliz).
Quando o peso é grande e as lembranças deixam um gosto amargo,
melhor é esquecer.
Não sendo fácil.. o tempo ajuda
e passado algum, quando o vento nos toca no rosto,
podemos sorrir e sabemos no íntimo de nós,
que a decisão foi acertada!
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Manuela Moreira
O dia seguinte ao esforço, seja ele uma caminhada ou um passeio, ou uma simpres ida ao supemercado ou ao multibanco, para quem padece de dores, sejam elas crónicas ou agudas, mas incapacitantes, é um dia perdido e sofrido; daqueles que nos fazem perguntar a nós próprios, porquè? Porquê a mim? Porque é que eu fui?
Nestes dias lembro-me da minha avó Elisa, de quem me parece, herdei este fardo, que coitada, estava sempre pronta para passear, mas na volta dizia: "Graças a Deus que já chegámos a casa". E eu, que nada sabia e que me tinha esforçado por lhe proporcionar um dia feliz, até levava a mal ou pelo menos ficava com a sensação de que talvez não tivesse escolhido bem o itenerário do passeio..
Mas hoje, como te entendo minha avó..
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Manuela Moreira
Universalmente falando,
meu amigo,
é hora de festejar:
a vida, a liberdade,
a partilha e a amizade.
Que possamos continuar,
meu amigo,
Universalmente falando!
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Manuela Moreira
(Para um amigo (Universo Paralelo),
que me pediu um poema sobre o universo, na comemoração do aniversário do seu Blog.
Espero que goste!)