IMAGEM
Este é o poema duma macieira.
Quem quiser lê-lo,
Quem quiser vê-lo,
Venha olhá-lo daqui a tarde inteira.
Floriu assim pela primeira vez.
Deu-lhe um sol de noivado,
E toda a virgindade se desfez
Neste lirismo fecundado.
São dois braços abertos de brancura;
Mas em redor
Não há coisa mais pura,
Nem promessa maior.
Vila Nova, 4 de Abril de 1936, Miguel Torga
Parar o olhar e ver
Comungando com o que nos rodeia
de forma integrada e plena
Comungando com o que nos rodeia
de forma integrada e plena
Já não é fácil de acontecer.
Mas conseguir transcrever esse olhar
Em palavras rimadas que contam um florescer
É preciso veia de poeta ter.
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Manuela Moreira
(Homenagem, porque não devemos esquecer os nossos poetas maiores)
Miguel Torga é o meu poeta preferido :)
ResponderEliminarTenho sempre à mão Antologia Poética.
Ele e Eugénio de Andrade são dois amigos fieis .
É verdade não se devia esquecer os nossos grandes poetas...mas é o mais comum.
Bela partilha emoldurada com as suas bonitas palavras.
Brisas doces *