Paula Rego - Homenagem à pintora, e à sua grande obra.
R.I.P.
Embora não seja o meu género de pintura, levou o nome de Potugal longe, sendo o seu talento reconhecido e prestigiado!
Ericeira no Coração
Paula Rego - Homenagem à pintora, e à sua grande obra.
R.I.P.
Embora não seja o meu género de pintura, levou o nome de Potugal longe, sendo o seu talento reconhecido e prestigiado!
Ericeira no Coração
A cada pôr do sol, uma retrospetiva do dia: um lamento sobre o que correu menos bem e que após o sol se pôr, passa a facto histórico. Depois, só resta olhar e admirar a beleza que daí advém.
Ninguém sabe muio bem porquê, mas aquele dégradé de cor, entre o amarelo torrado e o laranja escuro, pictórico, combina na perfeição com os castanhos da terra e faz brilhar intensamente o mar, àquela hora, já meio escurecido.
E compensa o dia, vê-lo, ali "tão perto", a pincelar de cor o horizonte enternecido.
Que bonito é o pôr do sol!
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Manuela Moreira
À descoberta do mundo, dominas todos os tempos,
crescendo ao vento e somando passatempos.
Conduzes o barco para além da aventura, sem exitações ou demoras,
mas com uma alegria escancarada, de risadas tão sonoras.
Juntos galgam ondas, atravessando medos, na espuma dos ventos.
abrindo novos caminhos e desafiando os elementos.
As águas calmas colaboram na aventura, ondulando.
E as gaivotas gritam o momento, exortando.
Pirata armado com espada de madeira e ar intrépido,
avança a bombordo e dá uma estocada no ar, com estrépido;
O monstro marinho, azul esverdeado, cai desamparado, guinchando com especial efeito..
E, de volta, vitorioso, exortas, com vénia, os teus imediatos a aplaudirem o feito.
São eles o gato preto Farrusco e a patinha Vitória,
(que miam e grasnam), em dueto, celebrando a grande glória.
Eis o mundo da fantasia,
Eis o verso na poesia!
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Mnuela Moreira
Talvez não acerte..
É o raio penetrante e colorido,
que avisa, na manhã, que o sol nasceu.
Que promete acompanhá-lo, em jubileu,
num frenesim de cor, ao arco-íris submetido.
E nós estamos presentes nesse amanhecer,
onde tudo reflete o doce alvorecer.
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Manuela Moreira
Se a lua me contasse o que ela vê, nas noites de tormenta e calmaria,
tanta pena, tanta insónia evitaria!
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Manuela Moreira
O gato observa,
O gato mia,
O gato sente,
O gato mente.
O gato é preto,
O gato é medo,
O gato é segredo,
O gato cabe,
O gato sabe,
O gato crê,
O gato vê!
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Manuela Moreira
Dizem que os sonhos são os divagares da mente,
sem que o corpo físico disso se aperceba;
Sendo assim, quem me garante,
que este presente que vivo agora, neste instante,
não seja também mais um engano da minha mente,
que se distrai a criar realidades virtuais, sem que o meu corpo as detete ou as conceba.
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Manuela Moreira
espero a chegada da alvorada.
as águas paradas e esverdeada(s), esperam comigo,
na solidão da noite e sem abrigo.
Num restolhar de vento,
sinto a presença, que não distingo, mal grado!
Guardo em silêncio forçado e atento,
o bater do meu coração desenfreado.
Acordo de repente e constato entorpecida,
que o medo que senti foi noutra vida,
num sonho mal dormido e irreal!
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Manuela Moreira
Esta noite choveu,
Esta noite gemeu,
e o choro que daí proliferou, regou;
e a natureza toda absorveu e agradeceu.
Foram poucos minutos de intenso molhar,
gotas de vida eterna a passar,
entrecortadas na luz dos luzeiros,
brotando encantos sobranceiros,
de repiques de vento a cantar.
Esta noite choveu,
e eu chovi com ela,
e os versos que estavam consentidos na minha'lma,
brotaram sem aviso em doce calma.
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Manuela Moreira
("Inspiração", "Silêncio", "Ecos" e "Hora tardia")
Gotas de chuva em bátegas sonoras,
surpreendem a noite enevoada, mas serena,
usurpando o descanso das aves canoras,
condensando em lágrimas a tristeza terrena.
E pergunto à noite: porque choras?
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Manuela Moreira
Ecos de mim mesma ressoam,
nos arcos vivos da memória,
nas pedras imutáveis da história,
levando mil anseios contidos e sofridos,
chorando muito para além do que entoam.
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Manuela Moreira
Vazia de mim mesma, de memórias esquecidas,
colho inspiração nas palavras que leio,
noutras inspirações, noutras vidas.
E assim, sem saber como e de permeio,
algo se acende em mim, chama volátil e breve,
que aflorada ao arrepiar da pele, doce e leve,
num espasmo real acometido,
nasce em substância, ganhando forma e sentido.
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Manuela Moreira
[...]
Sem vírgulas e sem pontos finais,
fazendo mais uso das reticências,
somos, a cada vida,
uma nova tentativa,
colecionando experiências,
que sempre somam e nunca são banais.
A cada novo prefácio, somos uma nova narrativa,
uma nova versão de nós mesmos, a testar...
Infinitamente e a cada renascer, uma nova chance, ativa.
A cada chance, uma nova esperança de acertar...
Ciclo de aprendizagem permanente,
ponto após ponto, reticente!
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Manuela Moreira.