Todos na natureza
somos a mesma semente,
que ao luar, da terra se alimenta,
para crescer e frutificar.
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Manuela Moreira
Todos na natureza
somos a mesma semente,
que ao luar, da terra se alimenta,
para crescer e frutificar.
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Manuela Moreira
IMAGEM
Este é o poema duma macieira.
Quem quiser lê-lo,
Quem quiser vê-lo,
Venha olhá-lo daqui a tarde inteira.
Floriu assim pela primeira vez.
Deu-lhe um sol de noivado,
E toda a virgindade se desfez
Neste lirismo fecundado.
São dois braços abertos de brancura;
Mas em redor
Não há coisa mais pura,
Nem promessa maior.
Vila Nova, 4 de Abril de 1936, Miguel Torga
Às vezes tudo são febres.., ou não!
Eisntein o disse e até faz sentido, que não podes esperar resultados diferentes, se fazes tudo sempre da mesma maneira.
No entanto, ano após ano trabalhas com afinco e não tens reconhecimento: como escritor, por exemplo.
Dizes para ti mesmo que não és bom o suficiente, que não vale a pena teimar.
Mas, decides que escrever te faz bem, nem que seja apenas para sevir de arquivo às tuas próprias memórias e vivências e não desistes e continuas.
E um dia, por acaso, alguém diz que gostou. E de um dia para o outro, mais pessoas dizem que leram e que se identificaram com a escrita e pedem mais e, não entendes, porque a forma esteve sempre lá, mas por alguma razão, antes não captava interesse e depois isso mudou.
Quem mudou? O escritor mudou? Os leitores mudaram? O tempo é outro e o que escreve faz sentido neste tempo e não fazia no outro? Quem o poderá dizer? O que Einstein pensaria disso?
Talvez uma conjugação de fatores, justifiquem o resultado. Talvez tenhas que passar cem vezes no mesmo cruzamento para o encontro se dar..
Talvez nem tudo seja preto, preto ou branco branco..
Talvez tenhas que dar uma chance a ti próprio e não desistir e quem sabe, numa conjugação dos elementos, num alinhamento dos astros, algo aconteça de repente e o que não fazia sentido, nem parecia prometedor, se torne e vire uma febre!
(PS: Ou talvez Einstein esteja certo e sem te dares conta, tenhas mudado a forma e por isso o resultado também tenha sido diferente..).
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Manuela Moreira
Quando lhe vamos conhecendo a "manha", da vida, tentamos fazer o mínimo de ruído possível,
tentando prolongar a quietude e beleza que nos rodeia, nos momentos felizes.
Mas ela, a vida, sabe quando é tarde e a hora de mudança chega,
E sorrateiramente, sem aviso prévio, muda-nos o cenário e dá-nos mais uma chance de crescer e de aprender!
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Manuela Moreira
"Quando a vida normal parecia quase possível - quando o mundo ganhava uma certa ordem,
sentido e até encanto..
(o raio prismático de luz através de um sincelo; a quietude de um amanhecer),
alguma coisa havia de correr mal e a capa do optimismo desaparecia, revelando o mundo árido."
Wroblewski, David; A História de Edgar Sawtelle, P. 178.
Este post teve inspiração no excerto transcrito acima, que não conhecia e que encontrei no blog "A Kind of Magic II". As palavras que aqui escrevi, foram as mesmas que deixei em comentário lá., agradecendo por me dar a conhecer este escritor americano, David Wroblewski e o seu primeiro romance: "A História de Edgar Sawtelle".
Durante muito tempo eu só me inspirava a escrever quando estava triste ou deprimida, porque talvez a escrita me ajudasse a libertar aquele peso no coração.
Mas hoje em dia, também sinto prazer na escrita feliz e quero partilhar com o mundo esses momentos também.
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Manuela Moreira
(Texto deixado como comentário no Blog 'Absent Soul', a propósito da escrita feliz).
Quando o peso é grande e as lembranças deixam um gosto amargo,
melhor é esquecer.
Não sendo fácil.. o tempo ajuda
e passado algum, quando o vento nos toca no rosto,
podemos sorrir e sabemos no íntimo de nós,
que a decisão foi acertada!
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Manuela Moreira
O dia seguinte ao esforço, seja ele uma caminhada ou um passeio, ou uma simpres ida ao supemercado ou ao multibanco, para quem padece de dores, sejam elas crónicas ou agudas, mas incapacitantes, é um dia perdido e sofrido; daqueles que nos fazem perguntar a nós próprios, porquè? Porquê a mim? Porque é que eu fui?
Nestes dias lembro-me da minha avó Elisa, de quem me parece, herdei este fardo, que coitada, estava sempre pronta para passear, mas na volta dizia: "Graças a Deus que já chegámos a casa". E eu, que nada sabia e que me tinha esforçado por lhe proporcionar um dia feliz, até levava a mal ou pelo menos ficava com a sensação de que talvez não tivesse escolhido bem o itenerário do passeio..
Mas hoje, como te entendo minha avó..
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Manuela Moreira
Universalmente falando,
meu amigo,
é hora de festejar:
a vida, a liberdade,
a partilha e a amizade.
Que possamos continuar,
meu amigo,
Universalmente falando!
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Manuela Moreira
(Para um amigo (Universo Paralelo),
que me pediu um poema sobre o universo, na comemoração do aniversário do seu Blog.
Espero que goste!)
E num ápice, tudo muda!
Amizades que pensávamos serem para a vida, desvanecem-se...
Não há motivo,
Não há justificação,
Apenas assim...
Finito (ponto final).
E o que dávamos por certo, se foi.
E, surpreendentemente, o vazio machuca!
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Manuela Moreira
Será cada mente um universo em si mesmo,
ou será um fragmento de um universo uno?
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Manuela Moreira
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Joaquin Phoenix (o ator que lhe dá vida) |